Política
Em depoimento, Pastor Everaldo chora, pede perdão e misericórdia

Nesta quinta-feira (17), o pastor Everaldo (PSC-RJ), apontado como figura-chave nas denúncias que envolvem corrupção no governo de Wilson Witzel (PSC-RJ), chorou ao prestar depoimento. Preso desde agosto, Everaldo, presidente nacional do partido foi ouvido por videoconferência pelo tribunal misto que analisa o pedido de impeachment de Wtzel.
Deputados e desembargadores interrogavam o pastor e no iniciou do seu interrogatório, ele dava a mesma resposta para todas as perguntas feitas. Ele alegava que, por ser denunciado e responder no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos supostos crimes que também embasam o impeachment, não poderia falar sobre eles enquanto testemunha.
Everaldo pedia a todo momento perdão e ‘misericórdia’ aos integrantes do tribunal misto. O presidente do Tribunal de Justiça e do colegiado especial formado para o impeachment, em determinado momento perdeu a paciência com a atitude do pastor e irritado cobrou uma colaboração maior de Everaldo.
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“O senhor fala muito em misericórdia. Agora eu queria que o senhor respondesse com misericórdia as perguntas que estão sendo formuladas e não estão envolvendo o senhor em nada” disse.
Pastor Everaldo, então, partiu para o lado emocional e começou a chorar. Aos prantos, ele disse que está mal emocionalmente e que sofre por motivos familiares.
“Emocionalmente, eu estou arrasado. Eu tenho um pai que fez 88 anos e eu não pude abraçar na semana passada. Eu tenho um filho com Covid internado no hospital, pode morrer a qualquer hora. Eu estou pronto para responder na Justiça na hora que for” disse.
Diante desse discurso, o desembargador subiu ainda mais o tom e fez uma relação entre o sofrimento da população pela Covid e os fatos que estão sendo apurados no âmbito do impeachment, já que Witzel é acusado de praticar corrupção durante a pandemia.
“Compreendo sua situação de saúde, que acomete várias pessoas com Covid neste país. E tem umas que não têm nem assistência médica, tendo em vista o que aconteceu neste estado. E estamos aqui para apurar esses fatos gravíssimos. Houve muito sangue aqui no Rio de Janeiro por conta dos fatos que estamos discutindo, e queremos descobrir quem é o responsável por isso. O senhor, como testemunha, tem que testemunhar e falar a verdade. Prestou um compromisso, está diante do Poder Judiciário” alertou.
Após a repreensão e a bronca, o Pastor Everaldo passou a responder com um pouco mais de clareza as perguntas. Disse, por exemplo, que conheceu Wilson Witzel em 2017, e disse que não lembrava quando tinha surgido o convite para ele concorrer ao governo no ano seguinte. Ele também garantiu que não participou da decisão do governador afastado de abandonar a magistratura para disputar a eleição, ao contrário do que afirma a denúncia do Ministério Público Federal.
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