Valdemiro Santiago vende colchão em live para pagar as contas da igreja em meio a crise

Com a pandemia ai a todo vapor sem dar trégua e as igrejas fechadas por decreto de governadores e prefeitos, a arrecadação das denominações caiu em mais de 50% para algumas e para outras pode ter chegado a zero.

Por esse motivo, muitos líderes evangélicos estão fazendo o que pode, usando a criatividade para preencher a lacuna causada pela falta dos dízimos e as ofertas. Com o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, apóstolo Valdemiro Santiago, não está sendo diferente. Ele está usando toda a sua criatividade para pagar as contas da sua denominação em meio a pandemia.

O apóstolo tem feito lives e nelas, o líder religioso tem feito anuncio no sentido de vender colchões de uma marca famosa. O próprio Valdemiro é quem protagoniza a propaganda publicitária.

RESPOSTA DE UM JORNALISTA "IMBECIL" PARA UM "SUPREMO MINISTRO" DO STF.

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“Estou aqui para falar de um assunto diferente, do colchão Sono Quality. Eu morava na infância num chão batido, numa esteira de taboa. Olha o que Deus fez na minha vida. Hoje eu posso dormir num Sono Quality”, anuncia ele. “É o que tem de mais avançado em tecnologia em matéria de colchão. E ele te proporciona uma sensação de bem-estar (…) Eu posso falar, porque eu tenho em casa, na minha suíte na igreja. Olha o que Deus faz na vida das pessoas. Ele vai te dar condição para você ter um também, principalmente nesse mês das mães”, prossegue, com o número da central de vendas aparecendo embaixo. No fim, aparece a imagem da marca, com o slogan: “É uma dádiva de Deus” diz o apóstolo.

A preocupação do líder da Mundial, para arcar com as contas da denominação tem sido tão grande ao ponto de uma das suas estratégias lhe causar preocupações, até mesmo com a justiça. Na última semana o Ministério Público Federal entrou com um pedido para que o Ministério Público de São Paulo investigue o apóstolo por suposta prática de estelionato quando através de uma live oferecia “sementes milagrosas” de feijão como cura para o novo coronavírus, Covid-19.

Segundo o procurador Wellington Cabral Saraiva, ficou claro na pregação de Santiago, que ele “usa de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19 por meio de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos”.

Após a denúncia, o Ministério Público Federal deu cinco dias para que o vídeo do apóstolo fosse retirado do ar no Youtube. Em menos de cinco dias, prazo dado pelo MPF, os vídeos foram retirados.